andre
De ocupação multi-secular, Évora apresenta-se como um livro em cujas ruas é possível ler a história da cidade. Celta, romana, visigoda, árabe e novamente cristã. Da Liberitas Julia resta o magnífico Templo Romano, datado do séc. I-II d.C., que convive com a Sé Catedral, a maior do país, iniciada em finais do séc. XIII., enquanto que a ocupação muçulmana é testemunhada por uma porta fortificada e pelo que resta do antigo Kasba. Porém, será a partir do séc. XV que a cidade se transformará num importante centro político e cultural, figurando entre as capitais régias. No séc. XVI conhecerá um novo impulso ao receber a segunda Universidade do país, controlada pelos jesuítas (elite cultural da Igreja, saída da Contra-Reforma) onde leccionaram alguns dos mais influentes nomes da cultura europeia de então. Noss sécs. XVII e XVIII investiu-de na remodelação dos interiores religiosos de talha dourada e painéis azulejares de grande qualidade plástica. O seu típico casario branco e baixo, onde aqui e ali pontificam importantes casas senhoriais completam o tecido urbano desta "vila-museu". O seu património estende-se ao espólio arqueológico, escultórico e pictórico do Museu Municipal, bem como o acervo documental da sua Biblioteca.
2008-12-30 16:44:25